sábado, 18 de setembro de 2010

Carência afetiva como lidar?

Ela atinge também os pequenos e, se não for bem administrada, pode causar distúrbios de comportamento no futuro.
A carência afetiva pode começar na infância .E,se não for bem administrada,pode chegar á fase adulta como um problema maior ainda.Segundo a Psicologia pela Maria F,mestre em Psicologia pela (PUC-SP) ,uma criança com carência afetiva pode apresentar diversos problemas quando adulta.
“Pode se tornar uma pessoa excessivamente retraída ou cleptomaníaca,por exemplo”
Carmem Galluzzi,psicóloga educacional e psicopedagoga,de São Paulo,relata que uma pessoa que quer ser sempre o centro das atenções pode ter desenvolvido esse comportamento,entre outros motivos,pela carência afetiva na infância .
Os sinais
De acordo com Carmem ,de maneira geral é importante esta atento ao comportamento das crianças para perceber caso haja alguma alteração.”È preciso observar três coisas:quando começou(a alteração comportamental), qual a freqüência e qual a intensidade”, explica.
A criança que furta algo do colega na escola,por exemplo,pode estar demonstrando carência.Mas isso depende da freqüência com que ela faz isso.
“Só uma vez não caracteriza uma patologia”,diz  Maria.Segundo ela ,a cleptomania pode ser uma forma de compensar algo que falta para a acriança.”Não necessariamente a criança irá pedir um abraço porque está carente.Elas nem sempre têm essa clareza da situação.do que falta a elas para poderem solicitar”.
De acordo com a psicóloga clínica e educacional Thaís Schultheisz,de São Paulo ,a cleptomania não é exatamente um furto,porque  a pessoas não pega algo de valor  financeiro ,ela se apropria de um objeto eu tem um valor afetivo.”Por exemplo, eu tenho uma amiga que eu admiro, e ela tem uma família que eu gostaria de ter.Então eu pego algo dessa pessoa para ‘ter’ um pouco da vida dela”.
Thaís também da outro exemplo de carência afetiva,que é fato a criança quebrar os próprios brinquedos .

Como agir?
Se o professor percebe que a criança teve alteração comportamental e que isso pode ser carência,como ele deve ser comportar em relação ao aluno ?
Para Carmem,o professor deve,antes de tudo,ter um vínculo com a criança para poder estabelecer um diálogo com ela.Thaís concorda, e explica que o diálogo é uma forma de o professor obter o material necessário para entender o que se passa na vida da criança,inclusive em casa.”Normalmente ,a conversa resolve um problema de a criança furtar por exemplo”,explica Thaís .Se o problema persistir ,contudo,ela alerta para que os pais sejam comunicados do problema.”Isso tem de ser feito com muito tato,de forma que os pais entendam e aceitem bem a atitude do professor”.
Maria ainda acrescenta:nunca,jamais,a criança deve ser exposta á classe pelo professor.O primeiro contato deve ser feito individualmente ,qualquer que tenha sido sua atitude.A exposição faz com que o aluno se sinta mais inseguro e carente.

Sintonia Família –Escola
È importante trazer os pais para as discussões ,orientando-os nas reuniões ou nos encontros .Mas o que os pais podem fazer ? “Os pais devem, em primeiro lugar ,olhar para o comportamento deles mesmos para poder lidar com a criança que sofre de carência afetiva”,diz Carmem.Segundo ela ,pai e mãe tem de refletir se deixaram de dar atenção aos filhos,ou se então dando menos por causa de alguma alteração na rotina.
Para contorna o problema,devem se interessa de verdade pelo mundo dos filhos.Não adianta,por exemplo,apenas ver desenho animado ao lado da criança;é preciso participar ativamente ,se envolver.”Os pais não podem só levar as crianças para o mundo deles(dos Pais).Elas precisam entrar no mundo das crianças também”,diz Thaís.Maria ainda fala da relação entre a quantidade e qualidade de participação dos pais da vida dos filhos.”Quem ama cuida.E é necessário que os pais se firmem como tais para que a criança não se sinta desprotegida.A criança esta só no mundo,e ainda não tem condições de fazer tudo sozinha .È fundamental que existam regras para ela poder se situar e sentir protegida e amada”.
De acordo com Maria ,muitas vezes os pais trabalham o dia todo e, ao chegar em casa ,deixam a criança “fazer o que quer” por se sentirem-se culpados,o que não é saudável .

Revista
Guia Pratico para professores de Educação Infantil  .  número 91,
Aline Carla da Silva Giroto RA: A62FAG-0

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