terça-feira, 30 de novembro de 2010

Qualidade da educação no Brasil ainda é baixa, aponta Unesco

Eric Akita, do estadao.com.br
Elevados índices de repetência e de abandono da escola no Brasil foram apontados em relatório da Unesco   SÃO PAULO - Com índices de repetência e abandono da escola entre os mais elevados da América Latina, a educação no Brasil ainda corre para alcançar patamares adequados para um País que demonstra tanto vigor em outras áreas, como a economia. Segundo o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos de 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a qualidade da educação no Brasil é baixa, principalmente no ensino básico.   Veja o relatório da Unesco   O relatório da Unesco aponta que, apesar da melhora apresentada entre 1999 e 2007, o índice de repetência no ensino fundamental brasileiro (18,7%) é o mais elevado na América Latina e fica expressivamente acima da média mundial (2,9%).   O alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade do sistema educacional do Brasil. Cerca de 13,8% dos brasileiros largam os estudos já no primeiro ano no ensino básico. Neste quesito, o País só fica à frente da Nicarágua (26,2%) na América Latina e, mais uma vez, bem acima da média mundial (2,2%).       Na avaliação da Unesco, o Brasil poderia se encontrar em uma situação melhor se não fosse a baixa qualidade do seu ensino. Das quatro metas quantificáveis usadas pela organização, o País registra altos índices em três (atendimento universal, igualdade de gênero e analfabetismo), mas um indicador muito baixo no porcentual de crianças que ultrapassa o 5º ano. Problemas que a educação brasileira ainda enfrenta, a estrutura física precária das escolas e o número baixo de horas em sala de aula são apontados pelos técnicos da Unesco como fatores determinantes para a avaliação da qualidade do ensino.   Crise financeira   A crise financeira que ainda reprime o desenvolvimento de países em todo o mundo poderá também ter um reflexo bastante negativo na educação, alerta o relatório da Unesco. De acordo com a organização, o aumento da pobreza e os cortes nos orçamentos públicos das nações podem comprometer os progressos alcançados na educação na última década, principalmente nos países pobres.   "Enquanto os países ricos já estão criando as condições necessárias para sua recuperação econômica, muitos nações pobres enfrentam a perspectiva imediata de uma degradação de seus sistemas educativos", alerta Irina Bokova, diretora-geral da Unesco. "Não podemos permitir o surgimento de uma "geração perdida" de crianças privadas da possibilidade de receber uma educação que lhes permita sair da pobreza."   Com este cenário, a Unesco avalia que a comunidade internacional não deverá alcançar nenhum dos seis objetivos estabelecidos em 2000, em Dacar, no Senegal, que, juntos, visam a universalização do ensino fundamental até 2015. Segundo o relatório, seria necessário cobrir um déficit de US$ 16 bilhões para atingir essas metas, acabando com o analfabetismo, que hoje atinge cerca de 759 milhões de adulto no mundo, e possibilitando que as mais de 140 milhões de crianças e jovens que continuam fora da escola tenham a oportunidade de estudar.

Bárbara Helena Panizollo Ra: a61431-1



domingo, 28 de novembro de 2010

As Criancas pensam?

As Crianças Pensam?

Freqüentemente nos dirigimos às crianças e exigimos que eles tenham atitudes de adulto. Não são raros os momentos que chamamos sua atenção dizendo coisas do tipo: “Pensa direito menino!”, ou “Presta atenção no que faz, parece que você está no mundo da lua!”.
Quando não fazemos isto, acabamos aceitando todo tipo comportamento que possam ter, com a desculpa que ainda são crianças, e que, portanto não é o momento de exigirmos deles atitudes maduras.
Uma terceira possibilidade tão danosa quanto as duas anteriores acontece quando dizemos: “Não faça isto”, ou ainda “Não fale isto, que é feio”, sem darmos as justificativas pertinentes.
Em todas as alternativas acima, privamos as crianças do que é mais caro aos adultos: O PENSAR.


Bárbara Helena Panizollo RA:a61431-1
Turno:noturno

Dicas para não ter Preconceitos

DICAS... PARA NÃO TER PRECONCEITO

Dicas para quando você encontrar uma pessoa com deficiência
Faça isso e você verá o quanto é importante e enriquecedor aprendermos a conviver com a diversidade!
Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente". Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não-deficientes.

Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, você vai estar ignorando uma característica muito importante dela. Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou, que não é real.
Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração. Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa. As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.

Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente. Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.

A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas, principalmente àquelas feitas por crianças, a respeito da sua deficiência e como ela realiza algumas tarefas. Mas, se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer muitas perguntas muito íntimas. Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.

Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Sempre pergunte a forma mais adequada para fazê-lo. Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Pois, nem sempre, as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência. Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.
As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos. Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo. Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor nunca falham.
Pessoas com deficiência mental.
 
Katiucia Cristina Messias RA:A442CE-4

domingo, 21 de novembro de 2010

Mulheres Negras - do umbigo para o Mundo

Diversidade Cultural e Fracasso Escolar
"Aos povos de ontem e hoje, que alguns tentam confinar às senzalas".
O embate, conflito, encontro, diálogo que emerge do contato entre diferentes grupos sociais, étnicos, de gênero, deficientes... no contexto escolar tem suscitado, não é de hoje, reflexões e estudos. No entanto, todas essas iniciativas são certamente marcada pela visão de mundo e lugar social de quem as formula e, também, influenciadas pelo momento histórico vivido.
Neste processo, os grupos que não atendem as expectativas valorizadas pela Escola tendem a ser culpabilizados pela não correspondência aos ideais escolares e assim geram explicações/justifificativas, "discursos competentes", a respeito dessa incompatibilidade: privação ou déficit cultural, psicológico, social, carência alimentar, carências generalizadas; questões de classe, etc.... Hoje, convivem com essas explicações, as questões relacionadas à Diversidade Cultural, que tanto assumem características mais progressistas como conservadoras, ou mescladas.
A Cultura em Foco
As questões culturais têm suscitado muitos debates, criação de centros de pesquisa e estudo, muito rebuliço ultimamente. Isso se dá pelo questionamento da hegemonia do Mundo e Cultural Ocidental, pela insurgência dos movimentos das Diferenças que reivindicam e lutam por visibilidade, audibilidade, por espaço político, por seu "lugar ao Sol". Entram em confronto com a visão euronorte americana do mundo, que privilegia o homem ocidentalizado, que comunga dos preceitos da "democracia" e liberalismo, que exclui ou hierarquiza valorativamente grupos diferentes dos seus membros hegemônicos.
Como conseqüência desses movimentos são criadas novas demandas sociais, políticas, que envolvam o conhecimento, manipulação, potencialização, massificação e uma série de ações que focalizam a Diversidade Cultural e a diversidade humana.

Fracasso Escolar
Conforme já foi dito anteriormente, o modo de conceber o significado do fracasso escolar está intimamente ligado a concepção de vida e de vida escolar de quem se propõe a analisá-la/entendê-lo. A nossa concepção segue o caminho que desnaturaliza o fracasso escolar, vendo-o como uma produção a serviço da exclusão e injustiças sociais e muito, muito raramente, como responsabilidade, culpa do usuário mais imediato da escola.
A escola, a despeito de tantos estudos, pesquisas, críticas, ainda é uma instituição do Mundo Ocidental, baseada em suas idéias de "individualismo, liberalismo, constitucionalismo, direitos humanos, igualdade, liberdade, governo pela lei, democracia, livre mercado, separação de Igreja e Estado" além da competitividade, do Capitalismo etc. ... Idéias estas que esse mundo tenta "universalizar" através, por exemplo, da escola.
Se tornarmos alguns valores do mundo Ocidental, como a meritocracia, a competitividade, o individualismo, a exclusão, a seletividade podemos inferir que a produtividade da escola reside justamente na sua improdutividade (como talvez diria Gaudêncio Frigotto). A produtividade da escola reside em produzir fracasso escolar, já que o "sucesso" escolar não é para todos.
Se tomarmos, porém, valores como direitos humanos, igualdade, democracia, diríamos que a escola, por não tratar ou saber tratar seus usuários com eqüidade, fracassa nos seus objetivos.
De um jeito ou de outro, o fracasso escolar não é intrínseco aos seus usuários (discentes), mas diz respeito às relações sociais tanto de ordem micropolítica quanto macropolítica. Ou seja, diz respeito a como a comunidade escolar se constitui e se relaciona entre si, com a sociedade mais ampla e com o Estado. Diz respeito às relações de poder entre grupos sociais. Se relações de poder, produção sócio-histórica não são dadas, não é natural, é construção.
Diversidade Cultural e Educação
Para nós, o que está em discussão agora não é a escola como produtora de fracasso escolar ou como fracassada em promover uma educação igualitária para todos sem distinção de raça/cor, etnia, gênero, orientação sexual, classe social, deficiência, ou qualquer diferença que seu usuário apresente.
O que está em jogo, para nós, é a construção de uma educação, de uma pedagogia que contemple a diversidade humana, com cultura, modos de ser, sentir e agir diferenciados. Uma educação, uma pedagogia, uma escola visceralmente comprometida com a Vida, com o prazer, com a felicidade, com o respeito às diferenças, com a transformação, com a alteridade.
O que está em jogo é uma educação que rompa com a clássica história do "Patinho Feio" (para dizer de forma mais leve), com o perverso processo de transformação de cisnes em patinhos feios. Uma que seja capaz de, não só com a razão mas com o coração, com todos os sentido e todo o corpo, permitir a existência e promover patos, cisnes, gansos, galos, galinhas,... e que esses se conheçam, se respeitem, se preservem, dialoguem, se mesclem, se hibridizem, sem, contudo, deixarem de ser eles mesmos.

http://www.mulheresnegras.org

Carina Rodrigues Ribeiro RA: A68872 – 2
21/11/2010

ROBERTO MARINHO/ CIDADÃO KANE /SARA JUNIA RA:a68iab1

FILME: CIDADÃO KANE/ ROBERTO MARINHO
Contudo, na noite do dia 2, um telefonema do Secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Ricardo Ohtake, dirigido ao programador do MIS, jornalista Geraldo Anhaia Mello, cancelava aquelas apresentações shocking.gif . Formava-se, imediatamente, uma espécie de cadeia pirata em todo o país - novas cópias do vídeo foram produzidas e distribuídas Brasil afora, e alguns dos principais sindicatos começaram a programar a exibição do documentário. As versões sobre a proibição variam: Ohtake garante que não havia porque proibir, a não ser pelo fato de se tratar de uma fita pirata. Anhaia, ao contrário, acusa diretamente a intervenção de Roberto Marinho, a subserviência do governador de São Paulo de então e do seu Secretário de Cultura. Há consenso, porém, numa coisa: não fora esse episódio e talvez o filme - que no exterior provocava batalha jurídica de mais de um ano da Globo contra o Canal 4 da BBC, tendo a Globo perdido a causa - não se tornasse tão conhecido, tão debatido, tão comentado quanto foi então. O processo se completa agora: a editora Scritta acaba de publicar a transcrição do roteiro do documentário, ilustrado por algumas de suas imagens. A edição traz um depoimento do próprio Geraldo Anhaia de Mello, responsável pela mesma. Do ponto de vista brasileiro, é o mais recente, e felizmente já relativamente antigo episódio de tentativa de censura em nosso país. É claro, contudo, que a questão vai mais além do que isso, porque envolve a discussão em torno da própria política nacional de comunicações e, muito especialmente, os critérios pelos quais se concedem, mantém e renovam as concessões de canais de rádio e, sobretudo, de televisão. O título - Muito Além do Cidadão Kane - tal como se traduziu o livro que agora se lança, faz alusão direta à personagem criada por Orson Welles, em seu famoso filme, por seu lado referência direta ao magnata das comunicações dos Estados Unidos, William Randolph Hearst, cuja filha, décadas depois, envolver-se-ia com a guerrilha urbana. Na época, Hearst constituía-se em verdadeiro mito, e o filme de Welles tornou-se uma das dez obras-primas cinematográficas.

Beyond Citizen Kane tem sido normalmente divulgado como sendo o documentário em torno da Televisão Globo e de seu multipoderoso proprietário, Roberto Marinho. Na verdade, a primeira observação que se deve fazer a respeito é que sua atenção se encontra centrada em Marinho e na TV Globo apenas porque ela é a exemplificação mais cabal e radical da experiência da política de telecomunicações brasileira. Simon Hartog, porém, queria ir mais longe, e de fato foi, como o reconhece o próprio Anhaia: o que se pretende é denunciar a maneira palaciana pela qual Marinho ou Bloch, Sílvio Santos ou Saad, cada um pegou a sua fatia. Mais que isso, e certamente os livros que se têm lançado recentemente sobre Samuel Wainer e Assis Chateaubriand bem o evidenciam, Marinho não agiu diferentemente de como agiria qualquer um dos outros dois. Acontece que Marinho foi menos amador que os demais ou, quem sabe, o sistema capitalista no qual se acha hoje inserido o Brasil é mais cínico e eficiente do que aquele, ainda primário, experimentado pelas duas outras personagens. Portanto, o que se deve ter claro, desde logo, é que Marinho não é nem pior nem melhor que Wainer, Chateaubriand, Saad, Bloch ou qualquer outro. Foi, apenas, mais competente e eficiente, alcançando melhores resultados em suas manobras. O episódio que culmina no papel da Globo em nossa realidade, contudo, tem de ser compreendido em sua perspectiva macro, ou seja, enquanto superestrutura social, política e econômica que viabiliza tais situações, envolvendo desde a ingenuidade de alguns segmentos sindicais e de ativistas de esquerda, que imaginaram democratizar a política de concessões de canais de rádio e televisão quando retiraram a decisão exclusiva do Presidente da República, repartindo-a pelo Congresso Nacional, até os profissionais jornalistas que, a exemplo de Armando Nogueira ou Vianey Pinheiro, só contam as verdades depois que foram despedidos da emissora. Em última instância, é todo o conjunto da sociedade nacional que, de fato, responde por essa situação, na medida em que, conivente, dá à Globo aquilo que ela mais quer: a audiência que lhe garante o poder da influência e negociação junto ao segmento político e administrativo.

Lembremo-nos que, paralelo ao controle censorial dos meios de comunicação, a ditadura brasileira de 1964, a partir do Ato Institucional nº 5, em 1968, idealizou uma espécie de movimento compensatório positivo: tratava-se de atender à demanda do segmento da classe média brasileira que, embora nem tão numeroso assim, em termos relativos da população nacional, era suficientemente significativo para a indústria de bens duráveis que então compensava se instalar no país, cobrindo de quinze a vinte milhões de pessoas e sendo superado, portanto, apenas por alguns raros outros mercados, dentre os quais o norte-americano. De qualquer maneira, justificava-se plenamente qualquer investimento, o que, aliás, é a única explicação para que se compreenda os fenômenos que ameaçam permanentemente o Plano Real, a chamada "bolha de consumo".

Havia, pois, um duplo movimento - de um lado, o controle censorial e, de outro, a cooptação mediante a ampliação das ofertas no mercado de consumo, ofertas essas viabilizadas, em sua divulgação, através de um network tal como a Globo o construiu ao longo dos anos. A Globo estreou no dia 26 de abril de 1965. Na verdade, fora antecedida pelo sinal pioneiro da TV Tupi, em 1950, seguida pela TV Excelsior em 1960. Duas emissoras e dois projetos absolutamente diversos: a Tupi sucumbiria, em 1980, à queda do próprio império dos Diários Associados. A Excelsior enfrentaria problemas no futuro, não tendo sua concessão renovada, por ter tido a ousadia de resistir à ditadura. Transferida, numa espécie de leilão, para o grupo Bloch e Sílvio Santos, abriria caminho para a TV Manchete e o SBT. Iniciando-se com um empréstimo duvidoso mediante um ainda mais duvidoso acordo operacional com o grupo norte-americano Time-Life, o que era proibido pela legislação brasileira, a TV Globo aproveitaria, suspeitamente, dois episódios, na aparência negativos, para seu crescimento, para firmar-se e crescer: o primeiro foi, justamente, a decisão do Congresso Nacional em dissolver o acordo da Globo com a Time-Life. Roberto Marinho não reclamou. Pelo contrário. É provável que os norte-americanos, sim, tenham acabado lesados no episódio, mas como sabiam perfeitamente os riscos que corriam, não chiaram.

O outro episódio ocorre em 1969: um incêndio destrói as instalações da Globo em São Paulo. A emissora centraliza o telejornalismo e toda a produção no Rio de Janeiro, graças ao dinheiro obtido pelo seguro, e assim garante a ocupação da magnífica sede do Jardim Botânico. De onde se depreende que Roberto Marinho é, acima de tudo, um excelente empresário e se, num primeiro momento, teve o máximo empenho em dar suporte e manter-se próximo ao segmento que identificava o governo ditatotial, na verdade seu interesse ia bem mais longe: "a Globo não tem uma vocação necessariamente militarista, ou ditatorial, mas ela tem uma vocação governista. Onde tem governo está a Rede Globo" - afirma o documentário, e pode-se verificar que, evidentemente, em sendo necessário eleger o governo, como no episódio Collor de Mello, ou apoiar sua derrubada, desde que isso signifique a garantia de seus investimentos e interesses financeiros, a empresa não titubeia. Claro, contando com cinco estações retransmissoras afiliadas, cobrindo 99,2% do território brasileiro ou 99,9% dos aparelhos de televisão do país, garantindo uma fatia de 78% da audiência, abocanhando 70 a 75% do total da mídia nacional que, no Brasil, na área de televisão, ultrapassa os 50%, ou seja, mais de dois bilhões de dólares em 1990, a Globo não pode titubear sobre a política de seu interesse.

Se ao governo federal a TV Globo interessa exatamente pelos fanáticos percentuais de audiência que atinge, garantia de que a mensagem governamental chegará ao seu destino, à Globo essa audiência lhe dá um poder de barganha inigualável, transformando-a, literalmente, numa espécie de poder paralelo, maior que um simples quarto poder como se tem conhecido a mídia em geral. Não se trata, porém, da aplicação pura e simples da velha fórmula da teoria do projétil, mecanicista. Dito mais claramente, não é apenas a questão de que a Globo diga o quê devemos pensar ou sonhar. Mais grave é o poder de agenda, na acepção do professor Donald McCombs, que torna hoje a Globo altamente perigosa. A Globo diz sobre o quê devemos pensar, quais são os temas que devem ou não ocupar nossas preocupações, tendo institucionalizado, para tanto, um discurso tautológico que, estribado na qualidade - "padrão Globo"- na verdade vende sua própria imagem, reforçando-a permanentemente. É o caso típico de programas como Globo Repórter ou Fantástico, as promoções sociais de apelo humanitário que assina, a construção cuidadosa de uma auto-imagem em que a credibilidade é o apelo mais veiculado, mesmo que muitas vezes seja posto em dúvida por outros segmentos sociais. O slogan "Globo e você, tudo a ver" como que institucionaliza a common view, um modo comum de visualizar a realidade, de tal forma que a audiência alcançada, e amplamente divulgada, como que tautologicamente se mescla com o conceito de credibilidade: é como se pudesse garantir que a Globo tem audiência porque tem credibilidade. Assim, mais do que um quarto poder, a Globo se torna um Poder Oculto Supra-Real que substitui outras instâncias das relações sociais, mediante a constante reelaboração daquilo que Muniz Sodré já denominou de "simulacro", uma super-realidade que distancia de tal forma a realidade original, que simplesmente a retira de qualquer outra referencialidade: ainda que alguém estivesse vendo um certo fato acontecer, só acreditaria nele à medida em que isso fosse enfocado pelas imagens da televisão.

O mais grave, contudo, é que hoje a própria Televisão Globo começa a se tornar um meio para algo além de si mesma. São mais de cem as empresas dirigidas por Roberto Marinho, segundo publicação recente, num total de vinte mil funcionários. Este homem, que se diz jornalista e que começou em 1926, quando seu pai, Irineu Marinho, fundou o jornal O Globo, aos 90 anos de idade, integrante da Academia Brasileira de Letras, é dono de um conjunto de interesses que vão do campo de saúde (com a Golden Cross) ao da própria infra-estrutura da comunicação (como o episódio da NEC, do empresário Mario Garnero), atingindo hoje a televisão por cabo e assim por diante. A Globo também já investiu em emissoras no exterior e atualmente acança enorme lucratividade com a venda de seus programas a dezenas de países, de Cuba à China, mesmo que gerando problemas com o não-pagamento do chamado direito conexo de imagem, uma das grandes polêmicas atualmente em nosso país.

Muito além do Cidadão Kane, assim, seja em sua versão de vídeo, seja agora na versão que chega ao livro, através do roteiro transcrito, presta ao Brasil esse bom serviço: mais do que falar da Globo, fala-nos sobre os processos e emaranhados que determinam a política de telecomunicações no Brasil. A Globo, na verdade, é apenas uma conseqüência disso. Se entendermos com clareza tal situação, conseguiremos, quem sabe, nos próximos anos, avançar na solução para esse problema, modificando, passo a passo, a atual legislação. Se isso não ocorrer, de pouco ou nada adiantará o encaminhamento de outros problemas urgentes que o país enfrenta: continuaremos uma nação pela metade e, portanto, também cidadãos pela metade .

FILME: CIDADÃO KANE/ ROBERTO MARINHO

Contudo, na noite do dia 2, um telefonema do Secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Ricardo Ohtake, dirigido ao programador do MIS, jornalista Geraldo Anhaia Mello, cancelava aquelas apresentações shocking.gif . Formava-se, imediatamente, uma espécie de cadeia pirata em todo o país - novas cópias do vídeo foram produzidas e distribuídas Brasil afora, e alguns dos principais sindicatos começaram a programar a exibição do documentário. As versões sobre a proibição variam: Ohtake garante que não havia porque proibir, a não ser pelo fato de se tratar de uma fita pirata. Anhaia, ao contrário, acusa diretamente a intervenção de Roberto Marinho, a subserviência do governador de São Paulo de então e do seu Secretário de Cultura. Há consenso, porém, numa coisa: não fora esse episódio e talvez o filme - que no exterior provocava batalha jurídica de mais de um ano da Globo contra o Canal 4 da BBC, tendo a Globo perdido a causa - não se tornasse tão conhecido, tão debatido, tão comentado quanto foi então. O processo se completa agora: a editora Scritta acaba de publicar a transcrição do roteiro do documentário, ilustrado por algumas de suas imagens. A edição traz um depoimento do próprio Geraldo Anhaia de Mello, responsável pela mesma. Do ponto de vista brasileiro, é o mais recente, e felizmente já relativamente antigo episódio de tentativa de censura em nosso país. É claro, contudo, que a questão vai mais além do que isso, porque envolve a discussão em torno da própria política nacional de comunicações e, muito especialmente, os critérios pelos quais se concedem, mantém e renovam as concessões de canais de rádio e, sobretudo, de televisão. O título - Muito Além do Cidadão Kane - tal como se traduziu o livro que agora se lança, faz alusão direta à personagem criada por Orson Welles, em seu famoso filme, por seu lado referência direta ao magnata das comunicações dos Estados Unidos, William Randolph Hearst, cuja filha, décadas depois, envolver-se-ia com a guerrilha urbana. Na época, Hearst constituía-se em verdadeiro mito, e o filme de Welles tornou-se uma das dez obras-primas cinematográficas.

Beyond Citizen Kane tem sido normalmente divulgado como sendo o documentário em torno da Televisão Globo e de seu multipoderoso proprietário, Roberto Marinho. Na verdade, a primeira observação que se deve fazer a respeito é que sua atenção se encontra centrada em Marinho e na TV Globo apenas porque ela é a exemplificação mais cabal e radical da experiência da política de telecomunicações brasileira. Simon Hartog, porém, queria ir mais longe, e de fato foi, como o reconhece o próprio Anhaia: o que se pretende é denunciar a maneira palaciana pela qual Marinho ou Bloch, Sílvio Santos ou Saad, cada um pegou a sua fatia. Mais que isso, e certamente os livros que se têm lançado recentemente sobre Samuel Wainer e Assis Chateaubriand bem o evidenciam, Marinho não agiu diferentemente de como agiria qualquer um dos outros dois. Acontece que Marinho foi menos amador que os demais ou, quem sabe, o sistema capitalista no qual se acha hoje inserido o Brasil é mais cínico e eficiente do que aquele, ainda primário, experimentado pelas duas outras personagens. Portanto, o que se deve ter claro, desde logo, é que Marinho não é nem pior nem melhor que Wainer, Chateaubriand, Saad, Bloch ou qualquer outro. Foi, apenas, mais competente e eficiente, alcançando melhores resultados em suas manobras. O episódio que culmina no papel da Globo em nossa realidade, contudo, tem de ser compreendido em sua perspectiva macro, ou seja, enquanto superestrutura social, política e econômica que viabiliza tais situações, envolvendo desde a ingenuidade de alguns segmentos sindicais e de ativistas de esquerda, que imaginaram democratizar a política de concessões de canais de rádio e televisão quando retiraram a decisão exclusiva do Presidente da República, repartindo-a pelo Congresso Nacional, até os profissionais jornalistas que, a exemplo de Armando Nogueira ou Vianey Pinheiro, só contam as verdades depois que foram despedidos da emissora. Em última instância, é todo o conjunto da sociedade nacional que, de fato, responde por essa situação, na medida em que, conivente, dá à Globo aquilo que ela mais quer: a audiência que lhe garante o poder da influência e negociação junto ao segmento político e administrativo.

Lembremo-nos que, paralelo ao controle censorial dos meios de comunicação, a ditadura brasileira de 1964, a partir do Ato Institucional nº 5, em 1968, idealizou uma espécie de movimento compensatório positivo: tratava-se de atender à demanda do segmento da classe média brasileira que, embora nem tão numeroso assim, em termos relativos da população nacional, era suficientemente significativo para a indústria de bens duráveis que então compensava se instalar no país, cobrindo de quinze a vinte milhões de pessoas e sendo superado, portanto, apenas por alguns raros outros mercados, dentre os quais o norte-americano. De qualquer maneira, justificava-se plenamente qualquer investimento, o que, aliás, é a única explicação para que se compreenda os fenômenos que ameaçam permanentemente o Plano Real, a chamada "bolha de consumo".

Havia, pois, um duplo movimento - de um lado, o controle censorial e, de outro, a cooptação mediante a ampliação das ofertas no mercado de consumo, ofertas essas viabilizadas, em sua divulgação, através de um network tal como a Globo o construiu ao longo dos anos. A Globo estreou no dia 26 de abril de 1965. Na verdade, fora antecedida pelo sinal pioneiro da TV Tupi, em 1950, seguida pela TV Excelsior em 1960. Duas emissoras e dois projetos absolutamente diversos: a Tupi sucumbiria, em 1980, à queda do próprio império dos Diários Associados. A Excelsior enfrentaria problemas no futuro, não tendo sua concessão renovada, por ter tido a ousadia de resistir à ditadura. Transferida, numa espécie de leilão, para o grupo Bloch e Sílvio Santos, abriria caminho para a TV Manchete e o SBT. Iniciando-se com um empréstimo duvidoso mediante um ainda mais duvidoso acordo operacional com o grupo norte-americano Time-Life, o que era proibido pela legislação brasileira, a TV Globo aproveitaria, suspeitamente, dois episódios, na aparência negativos, para seu crescimento, para firmar-se e crescer: o primeiro foi, justamente, a decisão do Congresso Nacional em dissolver o acordo da Globo com a Time-Life. Roberto Marinho não reclamou. Pelo contrário. É provável que os norte-americanos, sim, tenham acabado lesados no episódio, mas como sabiam perfeitamente os riscos que corriam, não chiaram.

O outro episódio ocorre em 1969: um incêndio destrói as instalações da Globo em São Paulo. A emissora centraliza o telejornalismo e toda a produção no Rio de Janeiro, graças ao dinheiro obtido pelo seguro, e assim garante a ocupação da magnífica sede do Jardim Botânico. De onde se depreende que Roberto Marinho é, acima de tudo, um excelente empresário e se, num primeiro momento, teve o máximo empenho em dar suporte e manter-se próximo ao segmento que identificava o governo ditatotial, na verdade seu interesse ia bem mais longe: "a Globo não tem uma vocação necessariamente militarista, ou ditatorial, mas ela tem uma vocação governista. Onde tem governo está a Rede Globo" - afirma o documentário, e pode-se verificar que, evidentemente, em sendo necessário eleger o governo, como no episódio Collor de Mello, ou apoiar sua derrubada, desde que isso signifique a garantia de seus investimentos e interesses financeiros, a empresa não titubeia. Claro, contando com cinco estações retransmissoras afiliadas, cobrindo 99,2% do território brasileiro ou 99,9% dos aparelhos de televisão do país, garantindo uma fatia de 78% da audiência, abocanhando 70 a 75% do total da mídia nacional que, no Brasil, na área de televisão, ultrapassa os 50%, ou seja, mais de dois bilhões de dólares em 1990, a Globo não pode titubear sobre a política de seu interesse.

Se ao governo federal a TV Globo interessa exatamente pelos fanáticos percentuais de audiência que atinge, garantia de que a mensagem governamental chegará ao seu destino, à Globo essa audiência lhe dá um poder de barganha inigualável, transformando-a, literalmente, numa espécie de poder paralelo, maior que um simples quarto poder como se tem conhecido a mídia em geral. Não se trata, porém, da aplicação pura e simples da velha fórmula da teoria do projétil, mecanicista. Dito mais claramente, não é apenas a questão de que a Globo diga o quê devemos pensar ou sonhar. Mais grave é o poder de agenda, na acepção do professor Donald McCombs, que torna hoje a Globo altamente perigosa. A Globo diz sobre o quê devemos pensar, quais são os temas que devem ou não ocupar nossas preocupações, tendo institucionalizado, para tanto, um discurso tautológico que, estribado na qualidade - "padrão Globo"- na verdade vende sua própria imagem, reforçando-a permanentemente. É o caso típico de programas como Globo Repórter ou Fantástico, as promoções sociais de apelo humanitário que assina, a construção cuidadosa de uma auto-imagem em que a credibilidade é o apelo mais veiculado, mesmo que muitas vezes seja posto em dúvida por outros segmentos sociais. O slogan "Globo e você, tudo a ver" como que institucionaliza a common view, um modo comum de visualizar a realidade, de tal forma que a audiência alcançada, e amplamente divulgada, como que tautologicamente se mescla com o conceito de credibilidade: é como se pudesse garantir que a Globo tem audiência porque tem credibilidade. Assim, mais do que um quarto poder, a Globo se torna um Poder Oculto Supra-Real que substitui outras instâncias das relações sociais, mediante a constante reelaboração daquilo que Muniz Sodré já denominou de "simulacro", uma super-realidade que distancia de tal forma a realidade original, que simplesmente a retira de qualquer outra referencialidade: ainda que alguém estivesse vendo um certo fato acontecer, só acreditaria nele à medida em que isso fosse enfocado pelas imagens da televisão.

O mais grave, contudo, é que hoje a própria Televisão Globo começa a se tornar um meio para algo além de si mesma. São mais de cem as empresas dirigidas por Roberto Marinho, segundo publicação recente, num total de vinte mil funcionários. Este homem, que se diz jornalista e que começou em 1926, quando seu pai, Irineu Marinho, fundou o jornal O Globo, aos 90 anos de idade, integrante da Academia Brasileira de Letras, é dono de um conjunto de interesses que vão do campo de saúde (com a Golden Cross) ao da própria infra-estrutura da comunicação (como o episódio da NEC, do empresário Mario Garnero), atingindo hoje a televisão por cabo e assim por diante. A Globo também já investiu em emissoras no exterior e atualmente acança enorme lucratividade com a venda de seus programas a dezenas de países, de Cuba à China, mesmo que gerando problemas com o não-pagamento do chamado direito conexo de imagem, uma das grandes polêmicas atualmente em nosso país.

Muito além do Cidadão Kane, assim, seja em sua versão de vídeo, seja agora na versão que chega ao livro, através do roteiro transcrito, presta ao Brasil esse bom serviço: mais do que falar da Globo, fala-nos sobre os processos e emaranhados que determinam a política de telecomunicações no Brasil. A Globo, na verdade, é apenas uma conseqüência disso. Se entendermos com clareza tal situação, conseguiremos, quem sabe, nos próximos anos, avançar na solução para esse problema, modificando, passo a passo, a atual legislação. Se isso não ocorrer, de pouco ou nada adiantará o encaminhamento de outros problemas urgentes que o país enfrenta: continuaremos uma nação pela metade e, portanto, também cidadãos pela metade .

Capacitação de Professores SARA JUNIA RA: A68IAB1

Capacitação dos professores – sem preconceitos

Para lidar com a inclusão de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs), é preciso abandonar a idéia equivocada de que o professor tem que se preparar para atender alunos com deficiência. Segundo Maria Tereza Matoan não existem métodos de ensino especiais para se ensinar os conteúdos curriculares para esses alunos. “O professor não tem que aprender como ensinar matemática para alunos com deficiência. Ele tem de se preparar para atender a todas as crianças. O ensino escolar vai mal porque a escola continua repetindo no século XXI o que foi a escola do século XVIII", aponta a psicóloga. Ainda segundo ela, a preparação dos professores comuns deve passar pela naturalização de seus métodos, práticas de ensino, avaliações, entre outras tarefas, que estão muito defasados. “Por outro lado, os professores da educação especializada precisam também aprender a distinguir as suas funções das dos professores comuns, ensinando, sem repetir nas classes especiais, o que é próprio da escola comum, como acontece muito, até hoje, nas escolas especiais”, completa. Ainda segundo a psicóloga, as escolas estão sendo preparadas para receber esses alunos, a partir da presença deles nas escolas. “Aprendemos a fazer, fazendo”, diz ela. “É óbvio que se as crianças são segregadas em escolas especiais, não há necessidade de as escolas comuns se prepararem para recebê-las. Como agora, elas estão sendo encaminhadas às escolas comuns, tudo muda”, completa.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A arte de ensinar

Saber valorizar o aluno e orientá-lo no que for necessário
A missão do professor sempre se destacou pelo fato de trabalhar com a mais nobre realidade do mundo: o coração e a inteligência do ser humano. Nada é mais importante do que o ser humano. Se é nobre e necessário dominar o aço e os microorganismos, construir casas e computadores, muito mais nobre é formar o homem, senhor de tudo isto. Os sábios gregos já diziam: “dá-me uma sala de aula e mudarei o mundo!”

O jovem e frágil aluno de hoje, será o condutor da nação amanhã; o que for semeado hoje no seu coração, na sua mente e no seu espírito, será colhido amanhã pela sociedade. E o que o aluno espera de um Professor?


Em primeiro lugar que o professor seja honesto e honrado, exigências mínimas de quem carrega o título de mestre. Sabemos que o homem moderno está cansado de discursos, quer ver exemplos. O mestre romano Sêneca dizia que “de nada vale ensinar o que é a linha reta, se não ensinar o que é a retidão”.

Alguém já disse que o aluno só aprende com satisfação, quando o professor ensina com entusiasmo e sabe motivar o aluno. Sem isto o jovem não descobrirá a beleza da disciplina. É verdade que os alunos respeitam o professor que domina a matéria, mas isto ainda não é o suficiente. A primeira missão do professor é motivar para o aprendizado. “Um homem motivado vai à Lua, mas sem motivação não atravessa a rua”.

O aluno espera que o professor tenha paciência com ele que ainda não descobriu a beleza da matéria; tenha a humildade de não usar o seu conhecimento para humilhá-lo, e que não use do poder da avaliação para destruir a sua auto-estima. Ele quer ver o seu Professor fazer da Avaliação um momento, a mais, do aprendizado; elaboradas com equilíbrio, e corrigidas com esmero e justiça, sem fazer da prova uma guerra onde se cobra dele uma maturação na disciplina que ele ainda não teve tempo de alcançar.


O aluno espera que o professor prepare bem as aulas e que gaste tempo para se aprofundar na matéria. Sabemos que para ensinar bem, um pouco de uma disciplina, é preciso saber muito sobre ela. Quanto mais sabemos, mais os alunos gostam de nos ouvir. Nada pior para um aluno do que ter que assistir uma aula maçante, mau preparada, ministrada por alguém que não conhece o que ensina. É um grande desrespeito... para não dizer um crime.

O aluno espera que o professor ensine com didática, competência e clareza; tenha pontualidade de horário, apresentação adequada e saiba dominar a classe com liderança.

Ele quer ver o professor como um amigo que o trata com respeito, confiança, atenção e cordialidade; interessado em tirar as suas dúvidas e a apontar-lhes caminhos novos...

Por dever de consciência, cada professor tem que dar o melhor de si para a boa formação dos jovens. Aí estará, inclusive, a sua maior realização; para a pessoa honesta, é no bojo da virtude que ela encontra a verdadeira recompensa.


Cito algumas recomendações pedagógicas para o bom desempenho de um Professor(a):


1.Saber motivar os alunos para o que vai ensinar.

2.Dominar a matéria e atualizar-se.

3.Preparar bem as aulas.

4.Expor a matéria com clareza, ordem e seqüência lógica.


5.Preparar, aplicar e corrigir as avaliações e provas com esmero, equilíbrio e justiça.

6.Ser assíduo, pontual e bem apresentado.

7.Tratar todos os alunos com respeito, atenção e cordialidade, sem com isto confundir as funções de cada um.

8.Manter a disciplina na classe.

9.Atender bem os alunos e tirar suas dúvidas, seja em classe ou fora dela.

10.Saber valorizar o aluno e orientá-lo no que for necessário.


É no banco da Escola que se formam os homens e as mulheres que um dia exercerão o poder, e conduzirão a História, nas mais variadas atividades e organizações. Muitos já disseram que “as palavras têm mais força do que os canhões”. Esta é a nobre missão: formar a juventude, não só no aspecto científico e técnico, mas também – e principalmente – no aspecto humano, moral e ético. Sem a primazia da pessoa sobre a coisa, da moral sobre a ciência e da ética sobre a técnica, a humanidade corre sérios riscos, como pudemos ver pelas desastradas guerras e morticínios do recém encerrado século XX. O mundo, sem dúvida, encontra-se diante de uma encruzilhada, e o bom caminho a seguir só poderá ser discernido pelo bom entendimento da ciência com a moral. E isto depende de dos professores.

Felipe Aquino
Valeria Cristine dos Santos RA:A486JB8

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O QUE É PEDAGOGIA E O QUE É SER PEDAGOGO?

Pedagogia é o ato de educar. É se doar inteira para pessoas que você nem conhece, que depende de nós pedagogos formar estas crianças, pessoas do bem e cidadãos corretos, humildes e educados.

Acredito que depende de nós pedagogos para mudar o mundo, pois depende dos adultos futuros que teremos, e estes serão nossas crianças. Ser pedagogo não é simplesmente dar aula, é apartir destas aulas oferecer oportunidades dos alunos crescerem pessoas honestas.




Muitas pessoas que fazem o curso de Pedagogia, quando alguém perguntar que curso a pessoa faz, ela abaixa a cabeça falando que é Pedagogia, como se este curso fosse aquele último curso a ser procurado por alguém para realizá-lo, pois muitos acham que é fácil, não tem muita coisa, faz Pedagogia só para falar que fez alguma faculdade, por isso temos mals professores, que não sabem ministrar uma aula.

Se você não é capacitado para oferecer uma aula digna, e que não seja um professor que pense no futuro dos alunos, só é professor pois é uma "tarefa fácil", saía do curso de Pedagogia. Já existe muitos professores incapacitados, não precisa de mais um.

Devemos pensar que médico, engenheiro, psicólogo, e até mesmo o presidente da República passa pelas nossas mãos pedagogos. Portanto queridos pedagogos não abaixem a cabeça, pois não há curso mais glorioso que o Pedagogia.

Quando alguém perguntar que curso fazemos, erguem a cabeça e fale Pedagogia, sou Pedagogo. Eu particularmente tenho orgulho de ser Pedagoga, não existe trabalho mais gratificante que ficar com crianças inocentes, onde depende de nós fazermos elas pessoas justas e honestas.

Silvana Silva. RA: A604JD7


http://www.mabilee.com/2009/06/o-que-e-pedagogia.html

Oração dos Educadores.

Oração dos Educadores
Dai-me, Senhor, o dom de ensinar.

Dai-me esta graça que vem do amor.

Mas, antes do ensinar, Senhor.

Dai-me o dom de aprender.

Aprender a ensinar.

Aprender o amor de ensinar.

Que o meu ensinar seja simples,

humano e alegre, como o Amor de aprender sempre.

Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.

Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe.

Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.

Que meus conhecimentos não produzam orgulho,

mas cresçam e se abasteçam da humildade.

Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,

mas animem as faces de quem procura a Luz.

Que a minha voz nunca assuste, mas seja a pregação da esperança.

Que eu aprenda que quem não me entendeprecisa ainda mais de mim.

E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.

Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender

para que eu possa trazer o novo, a esperança.

E não ser um perpetuador das desilusões.

Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender.

Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do Amor.

AMÉM!!!

Silvana Silva RA: A604jD7

sábado, 13 de novembro de 2010

Crianças Especiais precisam ter direito à Inclusão na Educação Infantil

Todas as crianças são muito especiais, mas algumas delas precisam de um apoio, de um olhar, de um saber diferenciado do adulto. Como ela não possui todos os instrumentos necessários para o processo de aprendizagem, que gere um desenvolvimento normal, a sua interação com as pessoas com quem convive fica prejudicada. É necessário estimulá-la para que supere os obstáculos a enfrentar a toda hora. É necessário também uma grande sensibilidade para saber como ajudá-la na medida justa, e não mais do que isto, para que a criança experimente a sensação insubstituível de vitória pessoal. A ajuda excessiva fará com que sua independência seja retardada. A identificação precoce de uma deficiência em uma criança, por menor que seja, e seu imediato encaminhamento a um especialista, pode fazer uma enorme diferença, que mudará decisivamente o futuro desta criança. A pergunta crucial é: como incluir essas crianças no grupo sem que elas se sintam marginalizadas?O ambiente em que o portador de deficiência vai ser recebido é um fator muito importante. A escola infantil deve ser próxima de sua residência, facilitando o acesso e oferecendo maiores oportunidades de contato com as crianças da vizinhança de sua comunidade. A escola deve contar com uma equipe de educadores acolhedores e receptivos à idéia da inclusão. Deve estar aberta ao diálogo com a família e com os profissionais especializados que fazem o acompanhamento dessas crianças. Todas as barreiras do ambiente físico também precisam ser eliminadas, para oportunizar espaço e segurança para todas as crianças. O sucesso da inclusão vai depender muito da compreensão, da empatia, dos conhecimentos, da flexibilidade e da disposição em aprender das pessoas que recebem essas crianças com necessidades especiais. Muitas vezes a falta de informação, aliada ao preconceito que têm raízes profundas, que faz com que as pessoas às rejeitem ou se sintam inseguras em relação a elas. Entrar em contato com uma criança portadora de deficiência também pode trazer à tona sentimentos de piedade, de superproteção e até de culpa, devido ao trabalho extra que ela pode representar e à sensação de que não se está respondendo às suas solicitações, na medida em que ela necessita. Questões como o excesso de crianças em uma turma, o acúmulo de tarefas da professora, o planejamento dirigido à maioria das crianças, as diferentes demandas dos serviços de orientação, supervisão e administração, muitas vezes tornam a professora cética, quanto às possibilidades de adaptação desta criança especial. Dar-se conta destes sentimentos é um grande desafio, tão grande quanto procurar as soluções que garantam o bem-estar de todas as crianças, assegurando aos educadores de que estão agindo de forma consciente e correta em relação a elas. A atitude da direção da Escola é um fator essencial para a inclusão do portador de deficiência ao ambiente da escola. Uma diretora que seja sensível ao problema e que tenha um bom relacionamento com toda a sua equipe de educadores, que tenha um bom diálogo com a família e com a professora especializada, favorecerão o trabalho de integração. Sua atitude sempre contagia toda a equipe, o sucesso de experiências já realizadas dita isto. Um relacionamento próximo com os profissionais especializados dará elementos à equipe técnica de orientação pedagógica para identificar possíveis problemas que estejam ocorrendo com a criança especial. Esta colaboração entre especialistas melhora sensivelmente a tarefa de encontrar soluções e recursos necessários para alcançar os objetivos comuns. A professora que terá a criança deficiente em sua turma precisará de apoio constante, de avaliação periódica e de informação e troca de experiências para poder planejar adequadamente as suas atividades, além do envolvimento da direção, da equipe técnica e de todos os educadores no trabalho de integração. Esta criança necessita de um ensino que esteja baseado em vivências reais. Isto exige da professora um comportamento mais ativo, inovador e flexível. Ela precisa estar atenta não só as necessidades de todas as crianças não deficientes, mas também às necessidades da criança portadora de deficiência. Esta atitude certamente beneficiará também as crianças “normais”, que serão igualmente estimuladas a utilizar todos os seus sentidos. Inúmeros estudos e pesquisas comprovam que o convívio entre crianças com deficiência e as outras crianças é saudável para ambos os lados, pois a criança deficiente precisa sentir-se aceita para superar suas dificuldades e a criança não deficiente aprenderá desde cedo a aceitar as diferenças que existem entre as pessoas. As crianças são de maneira gerais mais receptivas às diferenças, mais sinceras e solidárias, infelizmente, muitas vezes, o preconceito é passado dos adultos para elas. As crianças devem ser preparadas para receber os coleginhas especiais. Algumas delas gostarão de experimentar, tentando realizar tarefas como se fosse portador de alguma deficiência, como usar cadeira de rodas, terem os olhos vendados ou os ouvidos tapados. Se este procedimento partir da criança, não só será válido, como inclusivo.



Renata Paula de Freitas Teixeira RA: A608DG-3

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reflexão

"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a Vida passar.
É melhor tentar ainda em vão, que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco que em conformidade viver."



Martin Luther King


Ana Pereira de Souza

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Projeto Jornal na sala de aula.

PROJETO JORNAL NA SALA DE AULANos últimos anos, editores de jornais do Brasil, organizados na ANJ (Associação Nacional de Jornais), conscientizaram–se de que a imprensa não se encontra diante de uma implacável marcha para a obsolescência e para a extinção. Os jornais têm um futuro, e esse depende muito de movimentos estratégicos das próprias empresas como a preparação do leitor do futuro, o que pressupõe não apenas a melhoria dos índices nacionais de instrução, mas também a formação do hábito da leitura de jornais, adquirido, em geral, em certos momentos críticos da vida das pessoas. Esses momentos variam de sociedade para sociedade, embora tenham algumas semelhanças.

No contexto brasileiro, o hábito se forma nas seguintes oportunidades: a familiaridade com a imprensa (desde a infância a partir da experiência doméstica com adultos que já o possuem), a necessidade de informação diversificada e de atualidade em virtude do vestibular e em função da atividade profissional. A essas circunstâncias soma–se uma quarta, que tende a ser extremamente rentável, que é o uso do jornal em apoio às atividades escolares.

Com base nessas constatações e pressupostos, a ANJ e as empresas jornalísticas a ela associadas passaram a investir em programas de Jornal na Educação. O programa Jornal na Educação tem o cunho institucional e cumpre as funções empresarial, educativa e social, ao contribuir para formar novos leitores e dar oportunidade a estudantes de todo o país de terem acesso ao jornal e de desenvolverem o espírito de cidadania.

"Educação. Um direito de todos os cidadãos. A base de uma vida futura, pessoal e profissional, dependente do aprendizado. Hoje, a atividade escolar é cada vez mais voltada para a praticidade. O aluno, ao ler um jornal, depara–se com a própria realidade, observando os acertos e erros que a sociedade e o indivíduo cometem. Facilitar o acesso do aluno aos meios de comunicação é fazê–lo ficar frente a frente com o mundo. Dentro deste contexto, o Jornal Diário do Nordeste, exercendo seu papel de formador de opinião, vem desenvolvendo o Projeto Jornal na Sala de Aula".

O que é o Projeto Jornal na Sala de Aula?

Por via deste instrumento o jornal DIÁRIO DO NORDESTE através do Projeto Jornal na Sala de Aula, tem se mostrado desde o início de 1997, sensível às questões relacionadas à educação, criando uma nova forma de pensar e agir através da leitura e manuseio do jornal na escola, desde as classes menores até os cursos superiores, naturalmente orientados por profissionais multidisciplinares, com resultados surpreendentemente positivos.
A idéia é transformar o jornal num instrumento pedagógico e levá–lo para dentro da sala de aula.

Objetivos

•Fornecer a escola um recurso pedagógico dinâmico, permanentemente atualizado e viável na sala de aula.
•Promover a leitura crítica do aluno e maior proximidade com o veículo jornal.
•Promover a utilização do jornal como veículo de formação de cidadania.
•Promover maior proximidade do aluno e do professor com o veículo jornal e proporcionar um conhecimento mais amplo da região.
•Incorporar novos conhecimentos via leitura de matérias jornalísticas.
•Motivar o aluno a participar de pesquisas na comunidade a partir de temas estudados na sala de aula gerados através do jornal.
•Facilitar o manuseio da informação, desenvolvendo o senso crítico e criativo do aluno em diferentes meios de comunicação: TV, rádio, revista, jornal e outros.
•Incentivar melhor domínio e manejo da linguagem oral e escrita.
•Proporcionar a interdisciplinaridade e a sociabilização.
•Incentivar a prática da reflexão, comparação, análise, síntese e conclusão das informações e conhecimento adquiridos.
•Promover a leitura entre os membros das famílias dos alunos, bem como entre os funcionários da escola.
•Viabilizar a atuação do jornal como recurso de apoio didático para todas as disciplinas curriculares.
•Democratizar as informações e gerar ações sociais mais freqüentes nas escolas.
•Conhecer o processo de produção de jornal regional.
•Questionar a realidade social, favorecendo a formação de opinião melhor embasada, levando a mudanças de posicionamento e atitudes.
•Desenvolver no aluno o gosto pela leitura a aprofundamento na interpretação e compreensão.



JAQUELINE DOS SANTOS PAIVA RA:A382291

Pesquisa comprova importância do jornal na escola.

Acaba de sair a mais ampla pesquisa qualitativa já feita no País sobre o uso do jornal como aliado da educação. E o resultado é categórico: o texto jornalístico é uma importante ferramenta pedagógica não só para o aluno e professor, mas para a comunidade escolar e a própria família. A dobradinha revoluciona conceitos e comportamentos e pode ser considerada uma alternativa segura de investimento social.

Os dados do levantamento foram divulgados durante o Painel Jornal e Educação no 7º Congresso Brasileiro de Jornais, realizado nos dias 18 e 19 de agosto, no WTC Hotel, em São Paulo. O evento — maior conferência sobre a indústria jornalística brasileira — foi promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). O Correio Popular, um dos oito veículos da Rede Anhangüera de Comunicação (RAC), integra a ANJ.

Coube ao diretor da John Snow Brasil, Miguel Fontes, a apresentação da pesquisa no painel. A John Snow é uma consultoria com sede em Brasília dedicada a desenvolver tecnologias sociais. O levantamento, feito no primeiro semestre deste ano a pedido da ANJ, envolveu relatos e experiências de alunos, professores e gestores de programas de todo o Brasil. Representantes da comunidade atendida pelo Correio Escola, programa bem-sucedido e que atua há 16 anos na região, participaram da pesquisa, dando seu depoimento aos organizadores do estudo. Dos 137 jornais filiados à ANJ, 62 deles mantêm programas similares. A maior parte está no eixo Sudeste-Sul.

Para Fontes, o resultado da pesquisa mostra a força do programa como potencializador de ações de desenvolvimento intelectual e de integração social. Mais que isso: é notório, segundo ele, como a dobradinha jornal-educação melhora hábitos de leitura, as notas dos alunos e a assimilação de conteúdos. “O projeto tem um poder transformador e consiste num investimento social privado de retorno garantido”, ressalta, referindo-se à eficácia do programa e defendendo que empresários da comunicação em todo o País se engajem na oferta de ações similares.

O diretor da John Snow lembra também que o programa jornal-educação deve ser encarado sempre como um projeto de “responsabilidade social” e jamais como “ação filantrópica ou de marketing”.

Propagação
A coordenadora-executiva do Programa Jornal e Educação da ANJ, Cristiane Parente, destacou que a pesquisa qualitativa desenvolvida pela John Snow será enviada para os governos federal, estaduais e municipais para que eles se conscientizem da importância dos projetos. Segundo ela, os resultados comprovam as vantagens do investimento e o retorno social desse aprendizado pedagógico.

Rogério Mainardes, diretor corporativo de marketing do Grupo Positivo, de Curitiba, empresa parceira de um projeto jornal-educação desenvolvido no Paraná, aponta o caráter inovador do projeto. “É uma oportunidade extraordinária porque o jornal não entra na concorrência do livro didático e nem na do sistema de ensino”, observa. Ele vê ainda o outro lado da moeda. “A educação pode contribuir para a melhoria da qualidade do jornal”, afirma, lembrando que o programa serve de termômetro para jornalistas quando há interação entre redação e escola.

Alunos e professores do Correio Escola participam
O projeto Correio Escola, da RAC, participou da pesquisa realizada pela ANJ sobre os programas que relacionam a educação e o texto jornalístico, cujos resultados foram apresentados durante o 7º Congresso da entidade. Em junho, durante a realização do levantamento, alunos e professores beneficiados pelo programa participaram de reuniões em que, junto com outras iniciativas em seis cidades, apresentaram os benefícios que tiveram depois que os jornais começaram a ser freqüentemente usados nas salas de aula.

A professora Aydê Pereira Salla foi uma das participantes da pesquisa. Ela, que leciona na Escola Estadual Gustavo Marcondes, levou sua experiência de utilizar o jornal para ensinar matemática. “Sempre que vou trabalhar estatística com os meus alunos, uso uma notícia que possa servir de subsídio para uma pesquisa de opinião. Com isso, os estudantes se interessam mais em fazer as atividades, além de desenvolver o hábito de leitura”, explicou a professora.

Já Solange Giacomini, do Colégio Notre Dame, acredita que a participação na pesquisa foi uma oportunidade para trocar experiências e, principalmente, para firmar o jornal como ferramenta didática em todas as disciplinas. Ela é professora de inglês e o texto jornalístico serve tanto para trabalhar com tradução como para conhecer periódicos do mundo inteiro. “Há sites na internet em que é possível ler notícias e ter acesso aos jornais de outros países. Os alunos passam a ter mais interesse na leitura e melhoram o conhecimento no idioma”, ressaltou. Solange trabalha, inclusive, com a comparação de notícias e da realidade entre os países a partir de diferentes jornais.

Efeito complementar
Durante o levantamento dos dados, alunos e professores foram ouvidos separadamente para que as opiniões não fossem influenciadas. Aluna de Aydê, Thais Alice Quinalha também participou dos grupos. “O uso do jornal pelos professores torna as disciplinas mais interessantes. Só o livro didático não basta. Estudamos muito sobre a China neste ano, mas, enquanto os livros traziam informações gerais, os jornais falavam das atualidades”, afirmou a garota, que cursa a 8 série do Ensino Fundamental.

A professora Eliana Whonrath, da Escola Estadual Cristiano Volkart, também contou suas experiências durante o levantamento da ANJ. “Ao trabalhar com o jornal, a escola oferece uma oportunidade para os alunos e promove a transformação social. Muitos não podem comprar os jornais em casa, mas com o trabalho na escola, eles ganham novas perspectivas na vida por meio da leitura”, afirmou a educadora. (Fabiano Ormaneze/AAN)

Texto publicado no site http://www.cosmo.com.br/noticia/5737/2008-08-26/pesquisa-comprova-importancia-do-jornal-na-escola.html



JAQUELINE DOS SANTOS PAIVA RA:A382291

domingo, 10 de outubro de 2010

A vida ensina...

Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou.
fonte( albert Instein)
RA a604jd7

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Arte de Ensinar com as Artes


Ensinar é uma arte...mas como tornar o ato de ensinar uma atividade criativa que reproduza os saberes e vivências de alunos e professores.

Não se trata de uma tarefa fácil, no entanto, também não constitui problema algum para educadores imaginativos e bem humorados, que entendem a sala de aula como um ambiente propício à novas experiências, fórum de discussão e laboratório da vida real.

Se devemos educar para vida à partir da própria vida, sem deixarmos de lado as relações humanas, nada melhor do que aproximar o conhecimento informal de nossas crianças e jovens ao conhecimento formal, instituído nos programas escolares às diversas formas de arte, sempre priorizando a participação dos alunos como forma de incentivar a troca de informações e o desenvolvimento de determinadas habilidades.

Não quero dizer com isso que o ensino tenha que ser banalizado à ponto das aulas formais perderem seu espaço, mas encaixar as habilidades artísticas por meio de encontros, feiras, exposições e mesmo atividades em sala de aula. A arte na sala de aula pode (e deveria ser) utilizada por você professor(a) amigo(a), na apresentação de um tema novo, na abertura de cada bimestre. Pode não parecer, mas um impulso artístico muitas vezes quebra a rotina das aulas e desenvolve novos olhares, despertando o prazer em aprender .

Ao procurarmos transformar a experiência de ensino-aprendizagem numa rede enriquecedora onde cada fato, cada relato, episódio, vivência, imagem e sensação se transformem em estímulo, recebemos como resposta a nossa própria evolução. Se aprendemos uns com os outros e aprendemos sempre, nada melhor do que a arte para servir de elemento potencializador e multiplicador do conhecimento.

Aulas com o apoio de música, de filmes, de seriados, documentários, slides com imagens, são algumas das ferramentas que os professores podem utilizar com frequência pois garantem um resultado eficaz. As dramatizações de pequenos textos ou de episódios da história também podem consistir em atividades didático pedagógicas que facilitam a memorização e a aprendizagem por meio da vivência dos fatos narrados.

Entretanto, devemos estimular os alunos a conceberem e vivenciarem seu próprio processo artístico, ao propor tarefas como desenvolver roteiros e pequenos filmes, exposições fotográficas e campeonatos de redação sobre um determinado tema, bem como a dança, o teatro e a música, além de promover a troca de conhecimentos, podem também incentivar o aluno ao desenvolvimento de seus talentos, contribuindo para seu futuro pessoal e, quiçá, profissional.

"Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou".
Albert Einstein

Lais Sales da Costa RA: A571AE-4

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Crianças agressivas: como lidar com elas?

Consultora familiar dá sugestões para controlar comportamento hostil

Autora: Antoniele Fagundes

A agressividade infantil pode se tornar um hábito para a vida adulta, se não cuidada com o devido preparo... A infância é o período mais rico e importante da vida de qualquer pessoa. Nesta fase são absorvidos valores e despertados talentos. Muitos comportamentos adultos têm suas primeiras manifestações nesta saudosa fase tão linda e inocente.

Crianças na primeira infância muitas vezes se expressam mordendo, gritando, beslicando ou chutando. Antoniele Fagundes, Consultora Familiar e dona da empresa Babá Ideal, explica que nos primeiros anos de vida as crianças estão aprendendo como funciona a sociedade e quais as suas potencialidades. Testar as capacidades que nosso corpo pode fazer como chutar e gritar ou experimentar o corpo de outra pessoa, mordendo ou beliscando é um importante aprendizado.

Caso esse comportamento perdure ou aconteça de forma exacerbada, pode ser um sinal de que algo não está bem. Os pais devem estar atentos aos ataques de agressão e conversar de forma firme, mostrando que a criança pode adquirir o que deseja sem ter que machucar o outro. “O castigo pode ser temporariamente satisfatório para os pais. No entanto, pelos exemplos que tenho acompanhado, apenas dá uma pausa e faz a criança muitas vezes ficar mais tensa ao ter que lidar sozinha e quieta com aquelas sensações de euforia e agressividade”, aponta Antoniele.

Há casos em que os pais se culpam pelo pouco tempo passado com os filhos e deixam de cumprir seu papel de orientador e disciplinador durante os momentos que estão juntos. A permissividade que atualmente existe em muitos lares é fator importante na observação de um quadro de agressividade infantil. “As crianças estão a todo tempo testando os limites do seu comportamento para saber até onde podem ir. Quando os pais ou educadores não impõem regras claras e firmes, a criança sofre com a falta de alguém para limitar suas ações”, esclarece a consultora.

Regras e limites são importantes para que as crianças aprendam a controlar seus impulsos agressivos e lidar com as frustrações para conviver em sociedade de forma saudável. A falta de orientação e limites permite que a criança cresça desestruturada. Pais com posturas firmes e carinhosas conseguem equilibrar a situação.

Para famílias que já tentaram diversas maneiras de conter atitudes negativas de seus filhos e mesmo assim ainda possuem dificuldades em conseguir uma solução definitiva, a consultoria familiar tem muito a oferecer. Através de conversas esclarecedoras, os pais podem se dar conta que pequenos gestos contribuirão para a felicidade maior do filho e harmonia familiar.

Elizete Aparecida Gomes de Souza RA: A63372-3

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Quem quer ser professor? Pesquisa revela profissão em baixa

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Anda circulando por aí a notícia de que 2% dos jovens querem ser professor (a maioria quer fazer direito, engenharia e medicina). O dado vem de uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas, foi divulgado pelo Gilberto Dimenstein e está por toda a rede. As "notícias-espetáculo" se espalham rapidamente, mas pouca gente dá atenção às letras miúdas. Resolvi dar uma olhada na pesquisa propriamente dita e vi muita coisa interessante/alarmante.
De fato, o estudo mostra que a profissão de professor está em baixa no imaginário dos jovens, mas seria bom fazer uma ressalva sobre o número. Esses 2% referem-se aos alunos que querem fazer pedagogia ou alguma licenciatura. Eu, por exemplo, que sou professor há dez anos, não teria feito esta opção no ensino médio. O número aumenta para 11% quando inclui as opções por carreiras acadêmicas, ligadas à docência (matemática, história, etc...).
Desses 2% que querem ser professor, 77% são mulheres. E 87% são de escolas públicas, o que está ligado a outra tendência identificada no estudo: "quanto maior o nível de instrução dos pais, menor a intenção de ser professor". Na escola pública, diz a pesquisa, a maioria dos pais não tem curso superior, ao contrário das particulares. Estes dados confirmam a tese do "apartheid educacional" no Brasil, que alimenta e mantém a desigualdade de oportunidades entre pobres e ricos.
A pesquisa, que a Fundação Victor Civita encomendou à Fundação Carlos Chagas, ouviu 1501 jovens de escolas públicas e privadas.
O estudo diz que 32% deles pensaram em ser professor. Dimenstein destacou os motivos pelos quais esses alunos desistiram da carreira docente: "1) falta de valorização social; 2) salários baixos; e 3) rotina desgastante" (aprendiz). O estudo diz, além disto, que os alunos consideram a profissão árdua porque "apesar de transformadora e respeitável, exige uma forma de dedicação e um saber-fazer que ocupam completamente aquele que a ela se dedica, de modo a exigir demais e retribuir de menos."
Para complementar estas informações vejamos o que os alunos consideraram bom na carreira de professor.
Um dado curioso, ressalta o estudo, é que a realização profissional e a identificação pessoal com a profissão são considerados fatores secundários quando esses jovens pensam em ser professores.
E o que os alunos consideram ruim em ser professor?
O gráfico seguinte também é interessante. Ele compara aqueles que pensaram em ser professor (32% dos alunos), e aqueles que optaram por ser professor (2%).
Este gráfico diz que, no futuro, quem sabe hoje, teremos mais professores "por opção" nas séries iniciais do que nas outras. O que nos leva a pensar que é preciso uma especial atenção nas condições de ensino dos professores do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio. No ensino superior, creio que a razão para a diferença entre os dois casos seja predominantemente a necessidade de uma pós-graduação e também a escassez de vagas.
Bem, a ideia era fazer uma análise mais profunda da pesquisa, mas agora o dever me chama. Preciso preparar as apostilas para meus alunos. Sendo assim, colo abaixo alguns trechos da pesquisa que achei interessantes para se pensar.
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...as falas dos estudantes em relação à docência e ao “ser professor” foram permeadas de contradições e contrastes. Os sentidos que atribuem à imagem da profissão retratam sempre duas perspectivas de análise. Ao mesmo tempo em que conferem à docência um lugar de relevância na formação do aluno e que o professor é reconhecido pela sua função social, retratam que se trata de uma profissão desvalorizada (social e financeiramente) e que o professor é desrespeitado pelos alunos, pela sociedade e pelo governo.
O mesmo contraste é identificado quando fazem referência ao trabalho docente. Para os alunos, é um trabalho nobre, gratificante, permeado de sentimentos de prazer e satisfação; entretanto, é recorrente nas falas os comentários sobre as dificuldades dessa atividade. Trata-se de um trabalho pesado, que requer paciência, muitas vezes frustrante e que vai além da escola. E, ainda, que consome boa dose de energia afetiva decorrente da natureza interpessoal das relações professor/alunos.”
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Um outro aspecto que merece destaque em relação à imagem da docência diz respeito a certas idéias preconcebidas de que para ensinar não é preciso ter uma formação específica. Apesar dos estudantes da pesquisa reconhecerem a complexidade e a exigência da carreira, a docência não é vista como uma profissão que detém um saber específico que a caracterize e a diferencie de outras profissões e que precisa ser aprendido. E quanto maior a proximidade das séries iniciais, maior a percepção de que não é preciso preparo; apenas basta o cuidado”
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Embora não se possa generalizar, a vivência positiva na escola apareceu mais fortemente nas escolas particulares. Os estudantes, de modo geral, acreditam que os docentes da escola privada são mais motivados e melhor remunerados. E os jovens das escolas públicas idealizam o professor da escola particular. Essa valorização excessiva da escola privada merece ser melhor investigada para identificar se, neste contexto, há características específicas que - ultrapassando as questões de infra-estrutura - favoreçam o exercício da docência e possam, eventualmente, ser expandidas a toda rede de ensino.”
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Para terminar, uma referência teórica trazida pelos autores do estudo, que pode ajudar a pensar a profissão de professor.
Roldão (2005) ajuda a compreender essas questões ao discutir o que distingue, sociologicamente, uma profissão de outras atividades. A autora recorre ao campo teórico da sociologia das profissões para identificar um conjunto não uniforme de elementos tidos como descritores de profissionalidade. São eles: o saber específico indispensável ao desenvolvimento da atividade e sua natureza; o reconhecimento social da especificidade da função associada à atividade; o poder de decisão sobre a ação desenvolvida e autonomia do seu exercício e a pertença a um corpo coletivo que partilha, regula e defende o saber necessário, o exercício da função e o acesso a ela.”
Nome: Tatiana Regina de Oliveira Leite RA: A58106-5 Turma PD1P12

sábado, 2 de outubro de 2010

Ser PEDAGOGA ..



Ser Pedagoga não é apenas ser Professora, Mestre, Tia, Coordenadora, Supervisora, Orientadora, Dona de escola.
É mais do que isso
É ser Responsável.
Ser Pedagoga é ter coragem de enfrentar uma sociedade deturpada, equivocada sem valores morais nem princípios.
Ser Pedagoga é ser valente, pois sabemos das dificuldades que temos em nossa profissão em nosso dia a dia.
Ser Pedagoga é saber conhecer seu caminho, sua meta, e saber atingir seus objetivos.
Ser Pedagoga é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou religião.
Ser Pedagoga é ter uma responsabilidade muito grande
nas mãos.
Talvez até mesmo o futuro...
Nas mãos de uma Pedagoga concentra- se o futuro de muitos médicos, dentistas, farmacêuticos, engenheiros, advogados, jornalistas, publicitários ou qualquer outra profissão...
Ser Pedagoga é ser responsável pela vida, pelo caminho de cada um destes profissionais que hoje na faculdade e na sociedade nem se quer lembram que um dia passaram pelas mãos de um Pedagogo.
Ser Pedagoga é ser mais que profissional, é ser alguém que acredita na sociedade, no mundo, na vida.
Ser Pedagoga não é fácil, requer dedicação, confiança e perseverança.
Hoje em dia ser Pedagoga em uma sociedade tão competitiva e consumista
não torna-se uma profissão muito atraente, e realmente não é.
Pois os valores, as crenças, os princípios, os desejos estão aquém do intelecto humano.
Hoje a sociedade globalizada está muito voltada para a vida materialista.
As pessoas perderam- se no caminho da dignidade e optaram pelo atalho da competitividade,
é triste pensar assim, muito triste
pois este é o mundo dos nossos filhos, crianças que irão crescer e tornar- se adultos.
Adultos em um mundo muito poluído de idéias e sentimentos sem razão.
Adultos que não sabem o que realmente são
Alienados, com interesses voltados apenas pelo Ter e não pelo Ser.
Ser Pedagoga é ter a missão de mudar não uma Educação retorcida, mas ser capaz de transformar a sociedade que ainda está por vir.
Pode ser ideologia pensar assim, mas como Pedagogas temos a capacidade de plantar hoje nesta sociedade tão carente de valores, sementes que um dia irão florescer.
E quem sabe essa mesma sociedade que hoje é tão infértil possa colher os frutos que só a Pedagogia pode dar.


Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1676176-ser-pedagogo/


Thais Martins de Lima       RA: A54BED-6

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Desenhos animados: Os bons e os maus.

A influência da televisão sobre as crianças existe e não deve ser desprezada.



A influência da televisão sobre as crianças tem sido motivo de diversas discussões, sobretudo desde que a televisão passou a ocupar um lugar de destaque na vida da maioria das pessoas. Os adultos devem ter em conta que essa influência existe e que ver televisão não é uma atividade neutra, sem qualquer consequência. Os pais devem refletir sobre esta questão, procurando adequar a sua atitude perante a televisão de forma a ser o mais benéfica possível para os seus filhos. Obviamente que as crianças não podem (nem devem) ser completamente proibidas de ver televisão. No entanto, a programação a que têm acesso e o tempo que passam em frente à televisão devem ser controlados. Os pais devem saber a que programas os filhos assistem, conversar com eles acerca desses mesmos programas e discutir os assuntos mais polémicos. Se os pais acompanharem aquilo que os filhos veem, terão mais condições para questionar a influência desses programas e identificar aqueles que poderão ir contra a formação que desejam dar aos seus filhos.
Vantagens e desvantagens da TV
É, também, muito importante, que quer pais, quer filhos, tenham noção de que a televisão não é a única distração possível, sendo possível ocupar o seu tempo com outras atividades que permitam as relações sociais, a criatividade e as trocas afetivas. No entanto, a influência da televisão não é obrigatoriamente negativa. Com a televisão a criança aprende e desenvolve conhecimentos e vocabulário de uma forma muito mais rápida do que se não tivesse acesso à mesma.
A influência dos desenhos animados nas crianças
Em geral as crianças começam a ver desenhos animados aos 2 anos. A atenção das crianças é captada pelos efeitos luminosos e sonoros dos desenhos animados. O conteúdo do programa nem sempre é completamente acessível à criança, captando apenas parte do que vê. As sequências longas, as motivações e intenções das personagens são questões que não estão ainda acessíveis, sobretudo às crianças mais novas que não conseguem fazer deduções e compreender os significados implícitos da mensagem que é transmitida. Muitos desenhos animados envolvem cenas de agressividade sem que quem a pratica sofra consequências negativas. As crianças tendem a considerar que o mais forte será o que tem razão, sem acederem às mensagens mais sutis e sem compreenderem que determinadas ações serão mais justificadas do que outras. Há três possíveis efeitos negativos relativos à violência na televisão e, mais concretamente, nos desenhos animados:
  • as crianças poderão tornar-se menos sensíveis à dor e ao sofrimento dos outros (devido à transmissão de uma visão distorcida da morte, da doença ou de ferimentos graves);
  • as crianças poderão ter mais receio do mundo que as rodeia (por acreditarem que o mundo real é tão violento como o mundo a que têm acesso na televisão, adquirindo comportamentos evitativos e medo localizado ou generalizado);
  • as crianças poderão ter maior tendência a assumir comportamentos agressivos e violentos (por considerarem que é uma forma de atingirem os seus fins).
Nos desenhos animados, muitas vezes a mentira resulta em consequências positivas para o mentiroso, o que transmite a mensagem de que esse será um caminho para a obtenção de algo. O fato de não haver uma punição para o mentiroso reforça ainda mais a ideia positiva da mentira. As ações são consideradas corretas ou erradas em função de quem as realiza e não em função da própria ação, o que conduz a deturpações relativas ao raciocínio e juízo moral da criança.


Lumara Cristina Eduardo Andrade - RA: A68EDB-8    01/10/2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Inclusão: Todas as crianças são bem- vindas á escola


A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de todos à educação - e assim diz a Constituição !
Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na concretização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades.
O objetivo de nossa partças
icipação neste evento é clarear o sentido da inclusão, como inovação, tornando-o compreensível, aos que se interessam pela educação como um direito de todos, que precisa ser respeitado. Pretendemos, também demonstrar a viabilidade da inclusão pela transformação geral das escolas, visando a atender aos princípios deste novo paradigma educacional.
Para descrever o nosso caminho na direção das escolas inclusivas vamos focalizar nossas experiências, no cenário educacional brasileiro sob três ângulos : o dos desafios provocados por essa inovação, o das ações no sentido de efetivá-la nas turmas escolares, incluindo o trabalho de formação de professores e, finalmente o das perspectivas que se abrem à educação escolar, a partir de sua implementação.

UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS
O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico.
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão.
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Pois não apenas as deficientes são excluídas, mas também as que são pobres, as que não vão às aulas porque trabalham, as que pertencem a grupos discriminados, as que de tanto repetir desistiram de estudar.

OS DESAFIOS
Toda criança precisa da escola para aprender e não para marcar passo ou ser segregada em classes especiais e atendimentos à parte. A trajetória escolar não pode ser comparada a um rio perigoso e ameaçador, em cujas águas os alunos podem afundar. Mas há sistemas organizacionais de ensino que tornam esse percurso muito difícil de ser vencido, uma verdadeira competição entre a correnteza do rio e a força dos que querem se manter no seu curso principal.
Um desses sistemas, que muito apropriadamente se denomina "de cascata", prevê a exclusão de algumas crianças, que têm déficits temporários ou permanentes e em função dos quais apresentam dificuldades para aprender. Esse sistema contrapõe-se à melhoria do ensino nas escolas, pois mantém ativo, o ensino especial, que atende aos alunos que caíram na cascata, por não conseguirem corresponder às exigências e expectativas da escola regular. Para se evitar a queda na cascata, na maioria das vezes sem volta, é preciso remar contra a correnteza, ou seja, enfrentar os desafios da inclusão : o ensino de baixa qualidade e o subsistema de ensino especial, desvinculadae justaposto ao regular.
Priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que precisa ser assumido por todos os educadores. É um compromisso inadiável das escolas, pois a educação básica é um dos fatores do desenvolvimento econômico e social. Trata-se de uma tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio dos modelos tradicionais de organização do sistema escolar.
Se hoje já podemos contar com uma Lei Educacional que propõe e viabiliza novas alternativas para melhoria do ensino nas escolas, estas ainda estão longe, na maioria dos casos, de se tornarem inclusivas, isto é, abertas a todos os alunos, indistinta e incondicionalmente. O que existe em geral são projetos de inclusão parcial, que não estão associados a mudanças de base nas escolas e que continuam a atender aos alunos com deficiência em espaços escolares semi ou totalmente segregados (classes especiais, salas de recurso, turmas de aceleração, escolas especiais, os serviços de itinerância).
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas turmas regulares se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus professores para esse fim. Existem também as que não acreditam nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação, especialmente os casos mais graves, pois não teriam condições de acompanhar os avanços dos demais colegas e seriam ainda mais marginalizados e discriminados do que nas classes e escolas especiais.
Em ambas as circunstâncias, o que fica evidenciado é a necessidade de se redefinir e de se colocar em ação novas alternativas e práticas pedagógicas, que favoreçam a todos os alunos, o que, implica na atualização e desenvolvimento de conceitos e em aplicações educacionais compatíveis com esse grande desafio.
Muda então a escola ou mudam os alunos, para se ajustarem às suas velhas exigências ? Ensino especializado em todas as crianças ou ensino especial para deficientes? Professores que se aperfeiçoam para exercer suas funções, atendendo às peculiaridades de todos os alunos, ou professores especializados para ensinar aos que não aprendem e aos que não sabem ensinar?



 Fonte: http://www.pro-inclusão.org.br/textos.html

Marilia Alves Ferreira RA: A55476-9